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Análise das manifestações do dia 26/05

Quem perdeu? Quem ganhou?
Publicado em 27/05/2019Última atualização em 27/06/2020 às 17:56:02

Narrativa da Imprensa

É engraçada a velocidade com que a imprensa aceitou e propagou a narrativa de que a manifestação do dia 26 seria extremista. Mesmo que todos soubéssemos, desde o primeiro momento, que as mensagens extremistas eram divulgadas por grupos miseravelmente minoritários, a imprensa decidiu interpretar que o extremismo seria o tom oficial da manifestação.

Durante os últimos 10 dias, foi claro o ataque explícito que a imprensa fez às manifestações desse dia 26. Eles exploraram a narrativa de que “a origem do protesto continha pautas extremistas” para tentar justificar a tonelada de críticas que faziam às manifestações. Não pouparam esforços na tentativa de esvaziar as ruas neste domingo.

Você percebia que não eram apenas críticas jornalísticas com o intuito de esclarecer a opinião pública. Muito pelo contrário. Foi uma verdadeira engenharia verbal na tentativa de convencer a população a acreditar em algo que não estava acontecendo.

O curioso é que a manifestação do dia 15 foi inteiramente baseada na informação FALSA de que haveria CORTE de 30% da verba da edução. Todos sabemos que há um contingenciamento de 3.5% da verba. Não observamos a imprensa questionar, EM NENHUM MOMENTO, os argumentos FALSOS utilizados pelos organizadores daquele movimento.

Em abordagem completamente diferente, a imprensa atacou, durante dias, desde o primeiro momento, os argumentos que inventaram ser aqueles que seriam utilizados pelos manifestantes que iriam às ruas no dia 26. A manifestação ocorreu e ficou comprovado que toda a narrativa divulgada pela imprensa era FALSA. É uma triste constatação.

Extremismos

Ninguém nega a circulação de pautas, memes, posts, etc, que pregaram absurdos anti-democráticos. É claro que houve. E sempre haverá. Mas também é absolutamente óbvio que eram pautas propostas por grupos miseravelmente minoritários. E TODOS sabiam e sabem disso. Sem contar com as pautas propostas por infiltrados, exatamente para alimentar a imprensa daquilo que ela demonstrou querer exibir.

Sempre foi evidente que no dia 26 não haveria extremismo nas ruas. Mas a narrativa de que seria uma manifestação extremista, foi construída pela imprensa e por movimentos sociais que, surpreendentemente, compraram esta narrativa.

Os maiores perdedores

É absolutamente legítimo que um Movimento Social tenha a liberdade de escolher quando e como irá participar de uma manifestação. O que causou estrago na reputação do MBL, é que, pela primeira vez, as pessoas ficaram com a sensação de que houve um descolamento entre o MBL e realidade. Estava tão evidente que não haveria extremismo, que as pessoas se espantaram quando o MBL propagou a narrativa de que haveria. O reflexo disto foi a perda de mais de 200 mil inscritos em pouquíssimos dias, no canal do movimento.

E ao fim, após o sucesso da manifestação, ficou claro que o povo não precisa e NUNCA precisou de movimentos sociais para ir a rua. Movimentos sociais que não cansam de dizer que “Colocaram milhões de pessoas nas ruas”, acabaram de perceber que as pessoas vão às ruas sem precisar de "MBL", "Vem pra Rua", ou quem quer que seja.

Fica claro que não foram esses movimentos sociais que “colocaram as pessoas nas ruas”. E sim, esses movimentos que sociais que SE BENEFICIARAM de todas as manifestações que ocorreriam de qualquer forma.

Analistas políticos, quando perceberam que as manifestações não seriam extremistas, começaram a construir uma nova narrativa. A improdutividade da manifestação. A manifestação não seria produtiva.

A imprensa também foi uma grande perdedora. Primeiro por difundir informação mentirosa durante dias. E depois, por não ter o mínimo de vergonha na cara em reconhecer que errou. Ao invés disso, a imprensa tenta bater na tecla de que não houve erro. O que houve foi uma "mudança na intenção" dos milhares de brasileiros que foram às ruas. Como se realmente houvesse um comando central desta manifestação que pudesse interferir naquilo que os milhares de brasileiros fariam nas ruas.

Não há comando central. Não houve mudança de comportamento dos brasileiros. A manifestação foi EXATAMENTE IGUAL a todas as outras grandes manifestações de DIREITA que acompanhamos neste país. Não haveria o MENOR motivo para acreditar que esta manifestação seria diferente. Mas ainda assim, a imprensa tentou construir esta imagem.

Pesquisas

Mensalmente divulgam-se pesquisas que difundem que a popularidade do presidente está diminuindo mês a mês. Como não há eleições próximas, não existe como confrontar estas pesquisas. É muito cômodo para um instituto de pesquisa divulgar dados que jamais poderão ser conferidos. Uma pesquisa eleitoral sempre vai sendo ajustada à realidade à medida em que eleição se aproxima. Por mais que um instituto tenha interesse em manipular dados em favor de um candidato, há necessidade de preservar, minimamente, sua reputação. Desta forma, à medida em que se aproxima o dia da votação, as pesquisas vão sendo ajustadas à realidade para evitar maiores danos à imagem do instituto de pesquisa. Mas pesquisas sobre popularidade não podem ser desmascaradas com a mesma facilidade que uma pesquisa eleitoral. Por isso a importância de o povo ir para as ruas para demonstrar que há um forte apoio ao presidente.

Aliás, a única forma de confrontar estas pesquisas e evitar que esta narrativa de “perda de popularidade” ganhe força, é o povo indo às ruas para dar apoio ao governo.

Quem ganhou?

Sempre que há uma manifestação livre, sem a utilização de dinheiro público, sem pagamento de "cachê" aos participantes, quem ganha é a democracia do país. O povo demonstrou mais uma vez que apoia as iniciativas do governo. Ao fim de tudo, a verdade acabou sendo a principal vitoriosa. Ao final, só restou a verdade para ser noticiada. E a verdade nos conta que foi uma belíssima, pacífica e democrática manifestação.

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